28 de outubro de 2011

Novos imigrantes e grupos minoritários são menos favoráveis à imigração no Canadá

Extraído do site OiToronto, 24/10/2011, por Marcio Rollemberg


Um estudo feito pelo Institute for Research on Public Policy constatou que imigrantes recém-chegados ao Canadá e pessoas que fazem parte de um grupo minoritário são quem mais se opõem à vinda de novos imigrantes ao país. A pesquisa também constatou que de todas as províncias do Canadá, Ontário é a menos favorável à imigração.




No ano passado, cerca de 92 mil pessoas imigraram para Toronto, a grande maioria vinda das Filipinas. Uma delas foi a nutricionista Olga Flores, que atualmente trabalha como caixa de um supermercado e ainda não arranjou emprego em sua área de estudo. “Tem muita gente vivendo em Toronto e isso termina prejudicando o mercado de trabalho. Apesar do Canadá ser um dos poucos países que aceitam imigrantes, quando chegamos aqui nos deparamos com uma outra realidade”, disse ela, ressaltando que se não arranjar nenhum emprego no campo de nutrição até o ano que vem, pretende ir para a China.
Um novo estudo publicado na última terça-feira (18/10) mostra que novos imigrantes, aposentados, pessoas com educação secundária ou inferior e simpatizantes do partido Conservador são menos abertos à imigração do que aqueles que moram no país há mais tempo e se identificam com o multiculturalismo. O Institute for Research on Public Policyconstatou que pessoas nascidas em países em desenvolvimento costumam ter valores sociais conservadores, e isso explica o fato de serem menos favoráveis à imigração.
De acordo com um questionário aplicado em 2010, 82% dos canadenses disseram que a imigração tem um impacto positivo na economia. No entanto, a mesma pesquisa mostrou que somente 68% dos desempregados concordaram que imigrantes beneficiam a economia do país.
A pesquisa mostrou ainda que indivíduos com diploma universitário são mais favoráveis à imigração. Quase 70% dos entrevistados com nível superior disseram que concordam com a vinda de novos imigrantes ao Canadá, contra apenas 43% dos que possuem ensino secundário ou inferior.

Maioria ainda é a favor de novos imigrantes, mas querem pessoas mais qualificadas

Apesar de novos imigrantes e grupos minoritários serem menos abertos à imigração, comparados a quem vive no Canadá há mais tempo, a maioria ainda é a favor, desde que haja um maior controle na qualidade de quem é aceito para viver no país. Mesmo com a recessão econômica e ameaças de terrorismo, o estudo mostrou que 58% dos canadenses nascidos no país concordam com a vinda de mais imigrantes, contra 54.9% entre recém-chegados e minorias visíveis.
Quando o pernambucano Fábio Melo chegou ao Canadá em 2004, se deparou com um país que oferecia grandes oportunidades de trabalho para o imigrante. Mas, segundo ele, hoje os tempos são outros. “Veio a crise e com a desvalorização do dólar as pessoas foram perdendo seus empregos e ficando com ‘medo’ da concorrência”, disse ele ao OiToronto.
Fábio trabalha como biólogo e afirma que quem já está ingressado no mercado de trabalho canadense e bem adaptado ao país não tem motivos para se sentir excluído, mas confessa que a explosão do multiculturalismo em Toronto termina gerando uma desorganização que afeta a todos. “Eu sou a favor de imigrantes, mas sou contra aqueles que vêm e não se encaixam na cultura, no modo de vida canadense. Não vão para uma escola aprender inglês e continuam nas suas ‘comunidades’ vivendo uma vida paralela, falando uma língua paralela, alheio ao que acontece ao seu redor”, ressaltou o pernambucano.
A bartender carioca Jane Riccioppo concorda com Fábio. Morando no Canadá há seis anos, Jane afirma que não vê nenhum problema na vinda de mais imigrantes ao país, mas acredita que é preciso um pouco de controle por parte do governo para que a população que reside em Toronto não seja prejudicada. “Eu sou a favor de uma imigração selecionada. Imigrantes que se encaixem nas necessidades do país, não esquecendo os refugiados”, disse ela.
Um outro dado interessante da pesquisa mostra que Ontário é a província que menos concorda com a imigração no país, com 53.5% dos entrevistados sendo favoráveis à entrada de novos imigrantes. As províncias das Pradarias são quem mais aprova a imigração (Saskatchewan e Manitoba – 62.8%), seguidas do Atlântico (Terra Nova e Labrador, Ilha do Príncipe Eduardo, Nova Brunswick e Nova Escócia – 62.5%), Quebec (61.8%), Colúmbia Britânica (57.4%) e Alberta (54.4%).

17 de outubro de 2011

A organização do governo canadense

Três poderes trabalham juntos para governar o Canadá: o executivo, o legislativo e o judiciário. o poder executivo (também chamado de "Government") é o poder que toma as decisões, composto pelo monarca representado pelo governador-geral, pelo primeiro ministro e pelo cabinete. O poder legislativo é aquele que faz as leis, composto pelo senado nomeado e pela eleita "Casa dos comuns". O poder judicial é uma série de tribunais independentes que interpretam as leis passadas pelos outros dois poderes.

O Parlamento por si só é composto pelas seguintes partes: A Monarquia, o Senado e a Casa dos Comuns.

O Canadá é uma monarquia constitucional, o que significa que reconhecem a Rainha ou o Rei como chefe de Estado, enquanto o Primeiro Ministro é o chefe do governo.



Os três níveis de governo


O Canadá tem três níveis principais de governo

1- Nível Federal (do latim foedus, significando liga)
Esse nível de governo lida com áreas da lei listadas no "Ato da Constituição", de 1867, e isso geralmente afeta o país inteiro.

2- Nível Provincial (do latim provincia, significando sob o domínio romano: de pro, estando a favor de algo e vincere, conquistar) e o Nível Territorial (do latim terra)
Em cada uma das 10 províncias do Canadá, o governo provincial é responsável por áreas lestadas no "Ato da Constituição", como educação, saúde, regulamentações de estradas e recursos naturais. Em algumas ocasiões elas dividem a responsabilidade com o governo federal. 
Os três territórios têm seus próprios governos, com responsabilidades que foram dadas a eles pelo governo federal.

3 - Nível municipal (do latim municipalis, significando um cidadão para uma cidade livre)
Esse é o nível de governo que é normalmente baseado numa cidade, município ou distrito. Governos municipais são responsáveis por áreas como bibliotecas, parques, sistema de distribuição de água, polícia local, estradas e estacionamentos.

Por todo o país existem também "conselhos de banda" (band councils), que governam as comunidades das Primeiras Nações. Esses concelhos eleitos são semelhantes aos concelhos municipaid e fazem decisões que afetam suas comunidades locais.



16 de outubro de 2011

Os parlamentares mais caros do mundo!

Não é novidade, mas os números sempre me assutam!




15 de outubro de 2011

Logo na esquina

Olá pessoas,
Me dei conta que já faz um tempo que não damos notícias a respeito de a quantas anda nosso projeto. Bom, continuamos a aguardar nossa entrevista que acontecerá no dia 05 de dezembro. Falta menos de 2 meses! E aparentemente chegará muito mais rápido do que imaginamos.

Eu não sei se é pela proximidade da entrevista e da necessidade de nos preparar, preparar o dossier e tudo mais, mas ando numa ansiedade enorme! To comendo como nunca! Só espero poder compensar depois....

A partir de agora passamos a reforçar nossos estudos do francês. Além das aulas presenciais que fazemos todas as semanas, faremos também aulas pela internet, com o mesmo professor. Eu tive a oportunidade de fazer aulas online 3 vezes essa semana e gostei, principalmente da praticidade de não ter que sair de casa!

Sinto que avançamos bastante nosso nível de francês com essas aulas particulares e estou ganhando mais confiança no meu francês para a entrevista. Vamos agora praticar muito os nossos argumentos!

E preciso terminar meu dossier!!!

14 de outubro de 2011

Os valores comuns da sociedade quebecoise


Valores a serem compartilhados

Quebec, terra hospitaleira de muitos imigrantes vindos do mundo todo, é uma sociedade fundamentada em valores em comum que modelam sua própria identidade. A língua francesa é a expressão desse aspecto, além de ser a língua oficial do Quebec. Viver no Quebec é viver em francês. Liberdade de expressão, respeito das diferenças, livre escolha dos indivíduos, direito à igualdade a todos, eis aqui os valores partilhados por
cidadãos e cidadãs quebequenses, que têm o orgulho de pertencer a uma sociedade aberta que preza a riqueza proporcionada pela diversidade.

Para conhecer os valores comuns da sociedade quebecoise, clique na imagem abaixo:




10 de outubro de 2011

As melhores perspectivas de emprego do Quebec


O site ToutPourReussir.com faz parte da lista do site do BIQ como fonte de informações sobre mercado de trabalho das diferentes regiões do Quebec. Nele você poderá consultar sua profissão e obter informações como

  • média salarial anual
  • regiões com as melhores perspectivas
  • descrição da função
  • o que é necessário para exercer essa profissão
  • cursos de formação
Estou utilizando-o como fonte para meu dossier. Fica a dica.

Vivez Gatineau!



9 de outubro de 2011

Conhecendo Montreal




4 de outubro de 2011

Conhecendo a política canadense - o Senado

O sistema de duas câmaras: o Senado e a Câmara dos Comuns

O Canadá tem um sistema parlamentar bicameral (bi = dois). Isso significa que existem duas câmaras distintas, cada uma com seu próprio grupo de parlamentares: o Senado e a Câmara dos Comuns.

Curiosidade: O Senado e a Câmara dos Comuns também são chamados de "Upper House" e "Lower House" (Casa de cima e casa de baixo).


O Senado
Os senadores são nominados pelo governador-geral sob recomendação do Primeiro Ministro. A fórmula para o número e distribuição dos senadores foi escrita na constituição. Em  1867, o Senado começou com 72 membros, mas esse número aumentou com o crescimento da população e geografia do país. Em 2009, o número de assentos no Senado era 105. Um senador deve ter pelo menos 30 anos de idade e deve se aposentar ao completar 75 anos.



Curiosidade: o cetro é o símbolo tradicional da autoridade do Senado e do orador. Uma vez que o cetro é deitado sobre a mesa, o Senado está oficialmente em sessão.

A Câmera do Senado

  1. Trono (é onde o Monarca ou o Governador-geral senta para ler o discurso, que diz aos canadenses o que esperar durante uma nova sessão do Parlamento e delega o consentimento real.)
  2. Orador do Senado
  3. "Clerk" do Senado e os Parlamentares
  4. Pagem
  5. Senadores
  6. Cetro
  7. Murais (cenas da Primeira Guerra Mundial, 1914-1918)
  8. Tapete Vermelho (vermelho pela monarquia)
  9. "Usher of the Black Rod"

Conhecendo a política canadense - A monarquia

O quanto você sabe sobre a organização política do Canadá?

O papel do monarca
O monarca canadense (rei ou rainha) é também monarca de outros 15 nações independentes. O monarca, sob conselho do primeiro ministro, nomeia um canadense para representá-lo no Canadá. Essa pessoa é chamada "Governor General" (governador-geral).

O governador-geral tem vários deveres relacionados ao Parlamento. Ele ou ela nomeia oficialmente o Primeiro Ministro como "Head of Government" (chefe do governo), e abre uma nova sessão do Parlamento com o "Discurso do trono" na câmera do Senado. Esse é um discurso cerimonial, escrito pelo gabinete do conselho privado, no qual cada governador-geral descreve as metas de seu novo governo. Ele ou ela também dissolve oficialmente o Parlamento, e dá o parecer real para projetos de lei do Parlamento.

O papel do governador-geral também inclui:

  • servir como Comandante Supremo do Canadá (das forças canadenses)
  • hospedar dignatários estrangeiros, e visitar outros países a pedido do Primeiro Ministro
  • celebrar a excelencia premiando canadenses ilustres
Continua...