O Parlamento canadense votou nesta sexta-feira uma moção de censura contra o governo conservador minoritário de Stephen Harper, o que antecipará sua queda e a realização de eleições legislativas antecipadas no início de maio.
A moção de censura, considerada "histórica", foi apoiada por 156 votos, ou seja, pelo conjunto dos deputados de oposição presentes, contra 145 votos dos conservadores.
Primeiro-ministro canadense Stephen Harper, que deve renunciar após monção de censura do Parlamento |
Trata-se de algo inédito na história do parlamentarismo britânico, cujo modelo é seguido no Canadá, país da "Commonwealth" que tem como chefe de Estado a rainha Elizabeth 2ª.
Depois da sessão, Harper e o chefe do bloco liberal, Michael Ignatieff, deram declarações que inauguravam a campanha eleitoral. O primeiro centrou-se na economia, e o segundo nas questões éticas e de democracia.
Harper não citou as razões que levaram a oposição a censurar seu governo, mas defendeu seu orçamento e invocou a necessidade de defender a reativação da economia ainda "frágil".
"Infelizmente o NPF (Novo Partido Democrático, de esquerda) e o Bloco Quebequês deram a entender que já tinham decidido ir às eleições, algo que os canadenses "claramente não queriam", afirmou Ignatieff.
O premiê em final de mandato deverá anunciar neste sábado sua demissão e a dissolução do Parlamento ao governador-geral David Johnston.
Ao sair da casa do representante da rainha da Inglaterra, o primeiro-ministro deverá anunciar a data das eleições --a quarta em apenas sete anos.
2 comentários:
Regras do parlamentarismo. E bom nos habituarmos.
E a vida segue...
O governador-geral não é o representante da rainha da Inglaterra, mas sim da Rainha do Canada, Elisabeth II, que também é rainha da Inglaterra.
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